27 outubro, 2005

Série Territórios Escravizados por Nações Não Imperialistas que respeitam a Autonomia Local 14 - Ilhas Aaland





As ilhas Aaland são um exemplo clássico do que fazer com uma minoria em território nacional: dar-lhe autonomia. Os aalanders são tecnicamente parte do estado finlandês, do qual fazem parte, mas seus laços culturais são com os suecos. Assim, os aalanders estariam destinados a fazer parte das estatisticas de dizimação cultural por parte das maiorias nacionais que, com raras exceções (o território Nuvanut, no Canadá, por exemplo), são a regra no mundo atual. As ilhas são uma entidade autônoma agregada ao Estado da Finlândia, com direito a língua, preservação dos costumes e um parlamento próprio, com trinta assentos. Além disso, em matérias que repercutam entre a sociedade, os aalanders têm direito a um referendo próprio, separado da Finlândia, onde decidem os rumos a serem tomados pelo seu governo. Por exemplo, durante as negociações da Finlândia para sua entrada na UE, os aalanders decidiram que as ilhas deveriam associar-se por meio de um protocolo entre o governo local e o da Finlândia. A população das ilhas é de cerca de 26 mil habitantes, divididos em 16 municipalidades, sendo a mais importante a cidade de Mariehamn, com seus dez mil habitantes. A economia local se baseia essencialmente no setor primário e de serviços, com destaque para as companhias de navegação.

Uma reflexão interessante a ser feita apóa ler estas linhas é: o que seria de nossas centenas de minorias nacionais no Brasil se o governo nacional garantisse a elas uma autonomia similar à conquistada pelos aalanders?

21 outubro, 2005

Série Nações Exploradas por Duas Nações Exploradoras (essa é nova) 13 - Ilha Saint Martin/Sint Maarten




A Ilha Saint Martin/Sint Maarten é um pequeno país insular no Caribe, o único lugar no mundo em que a França faz fronteira com a Holanda. Com uma superfície de 37 km², a ilha conseguiu a façanha de ser dividida entre franceses ao norte (20 km²) e holandeses ao sul (17 km²). Diz a lenda que a divisão de fronteiras se deu por um método bastante interessante: os franceses e holandeses percorreram a ilha completamente bêbados, os primeiros com vinho e os segundos com gin. Como o vinho é um pouquinho menos alcoólico que o gin, os holandeses acabaram demarcando menos território antes de caírem de bêbados na fronteira. Assim, a ilha torna-se colônia de dois países, o que a garante como uma honrada estrela de nossa galeria de países oprimidos neste planeta. Os habitantes da ilha são em sua maioria descendentes de franceses e holandeses, já que os arawak que habitavam o lugar morreram por razões desconhecidas da historiografia local (talvez tiros ou doenças da Europa, sabe-se lá Deus como, já que a Europa é longe). Após a ocupação holandesa no século XVII, a ilha já foi invadida umas vinte vezes, por espanhóis e franceses, estes últimos bem sucedidos, pois acabaram ficando com metade dela. Já foi um grande produtor de açúcar para o mercado europeu, mas hoje vive do turismo. As línguas oficiais da região são o francês (em Saint Martin) e o holandês (em Sint Maarten), mas para não dar confusão, todo mundo fala inglês também.
Contra a opressão no mundo de hoje!

19 outubro, 2005

Série Populações Oprimidas por Populações Oprimidas por Populações Opressoras 12 - Oceania - Ilha Niue




A ilha Niue é uma pequena nação localizada próxima a Tonga (isso deve ter ajudado muito na localização), com uma superfície de 260 km². Sua população atual é de cerca de 2166 habitantes, e vem declinando muito nos últimos anos devido à imigração para países como a Nova Zelândia.
Politicamente, os niueans são governados por um parlamento local, com vinte assentos, mas mantém sua política externa sob controle da Nova Zelândia. Desta forma, os Niueans mantém-se ocupados com o governo interno, enquanto são representados externamente pelos neo-zelandeses. Mas isso é apenas o início do problema. A Nova Zelândia, por sua vez, também é uma entidade política autônoma, mas sua política externa é definida por seu chefe de Estado (como qualquer outro país) que, por sua vez, não é ninguém menos que a rainha da Inglaterra. Assim, os niueans são colônia de uma colônia, o que os torna um caso único no mundo.
A economia deste pequeno país depende adivinhem ... do turismo e da venda de selos. Como qualquer pequeno país da Oceania, Niue não consegue manter um montante de serviços governamentais para uma população tão escassa, e depende largamente de ajuda externa para sobreviver como entidade autônoma.

10 outubro, 2005

And the Nobel goes to - AIEA vence o Nobel da Paz (eu queria o Bush...)



Nota das Fotos

1) A fórmula do Genocídio Instantâneo;
2) Os adoradores da bomba;
3) O premiado, El Baradei, da AIEA;

A Agência Internacional de Energia Atômica, a AIEA, venceu o concorridíssimo Prêmio Nobel da Paz, em uma decisão interessante do comitê do prêmio, em Oslo. Nada contra a agência da ONU, criada com a função específica de evitar os perigos da proliferação atômica no mundo. Da arma pioneira criada pelos americanos em 1945 até a sua contrapartida soviética, diversos países conseguiram manter um programa legalizado de armas nucleares sob as bençãos da agência, entre elas Grã Bretanha e França. Se não fossem as atividades pioneiras do químico Linus Pauling (aquele que inventou boa parte das regrinhas da química moderna que se aprende na escola), este o ganhador de dois nobels (de Química e da Paz, por sua luta contra a proliferação dos testes de superfície de armas nucleares) o mundo até hoje estaria vendo testes realizados por novos candiddatos ao clube do NUKE. Entre os fracassos da AIEA estão a posse de armas nucleares por países como Índia, China, Paquistão, Israel, e talvez, Irã, Coréia do Norte e Ucrânia. Hoje, 40 países têm tecnologia suficiente para construir um arsenal atômico em alguns meses. O atual arsenal atômico mundial, de cerca de umas 30 mil ogivas, seria o suficiente para destruir o ... Sistema Solar inteirinho.
Parabéns a AIEA.

04 outubro, 2005

Série Países realmente oprimidos e completamente desconhecidos 11 - Geleira Siachen



Nota das fotos:

1) O que levar.
2) Como chegar.
3) Como é que o canhão chegou lá em cima, ninguém sabe...

A guerra de Siachen, apesar de sua inacreditável importância, não está diariamente nos jornais e na mídia em geral. Siachem é uma geleira que fica em território paquistanês, a 6000 metros de altitude média, e é reinvindicada pela Índia. A guerra pela geleira já dura longos 21 anos (foi invadida em 1984 pelos indianos). Cerca de 50% dos soldados enviados para a geleira ficam por lá, mortos, e os que retornam desenvolvem sérios distúrbios mentais (um exemplo de distúrbio mental é lutar durante 20 anos por um pedaço de gelo no meio do nada). A Índia gasta anualmente cerca de 1 milhão de dólares por dia para manter a complexa rede de operações militares e logísticas, com o objetivo de libertar as nascentes do rio Indus (o segundo maior do país) das garras colonialistas do Paquistão e da China (que, por acaso, também disputa a geleira). A verdade é que a guerra é pelo controle das fontes de água nas geladas montanhas, e o país que controlá-las terá em mãos um produto de valor cada vez mais alto no mundo em que vivemos.
Pela liberdade do Yeti e do Pé Grande (que também moram por ali)!

Uma viagem de Ácido - cortesia de David - Viajando pelo fantástico mundo de Bob




Nota das fotos

1) O lendário Cão Saci;
2) O poço de água salitrosa monorgânica;
3) Vista aérea das terras de Arakyab;

Budal, Cidade pertencente a AraKyab, região da U.R.S.S entre o Maciço Armoricano e Bezerra. História: No século III aC, os germanos ocuparam a região, também conhecida como microregião da Campana, mas devido a influencia austrobasáltica também predominou o nome obtuso de Alcolea. A presença dos Aleutas, povos nômades oriundos da grã-crimenia marcaram influencia nessa região. Ocorre que os costumes foram todos marcados por sucessivas incursões desses elementos negrofilos, inclusive na escrita coneilucida. Os últimos elementos que se fixaram na região tornaram-se sedentários o que contribuiu para que surgisse uma doença que quase dizimou com a população que por volta de 324 dC era em torno de 234.298 habitantes. O sedentarismo, em virtude da falta de água potável forçou tais indivíduos a suprirem suas necessidades com água vinda de uma fonte contaminada com salitre monoorganico muito comum naquela região, alguns indivíduos tomados pelo sedentarismo que os consumia acabaram por morrer quase que instantaneamente. O sedentarismo por sua vez era mais forte nas mulheres e crianças que enquanto os homens eram os guardiões das Ramatas ( ramatas eram as aldeias em que eles habitavam), as mulheres e crianças eram caçadores e coletores, caçavam porco do mato, gato jaguar, o cão saci, muito comum na região. Este último exemplar era assim chamado por causa da falta congênere de uma das patas, o que fazia com que utilizasse o membro reprodutor como uma adaptação da perna que lhe faltava. Todos esses animais eram caçados mas durante um ritual as somente as mulheres e crianças comiam com uma espécie de canudo introduzido no reto do animal, o liquido aminiotico e as pulselas. Eles julgavam que tal procedimento lhes daria sabedoria, no entanto, pelo excesso de sal hibridoproeico somente encontrado nesses espécimes, ocorria o sedentarismo. Nota-se que os homens por ingerir pouco ou quase nada desses alimentos não eram afetados pelo sedentarismo. Este povo foi dizimado por hordas de negroides que empurrados do sudoeste da áfrica em decorrência do colonialismo. Os afrineigres tinham um culto especifico para o deus évora que tinha a forma de um cão com três pernas. Quando os mesmos viram seus deuses sendo devorados por aquelas mulheres e crianças, houve uma chacina e todos morreram de maneira assustadora. Os afrineigres tornaram-se um grupo fechado e isolado do mundo desde então. Algumas expedições recentes tem sobrevoado a região a fim de que se faça contato com aquele povo que na verdade constitui uma lenda. Não se sabe aproximadamente qual o seu numero exato, estima-se que na área territorial que resta, cerca de 100 km quadrados, ainda restem cerca de 7.000.000 de descendentes de afrineigres escondidos. Nosso apelo é de que não os importunem a fim de que aquela cultura não seja influenciada pelo homem branco.

Nota do editor: As opiniões políticas do colunista necessariamente não condizem com a postura deste periódico;

03 outubro, 2005

Caderno de Esporte - Cortesia de MJD - Lutando contra a opressão em Jacu City




Notas das fotos (dúvidas mais frequentes sobre um torneio de sinuca em Pira City)

1) O que é?
2) O que comer?
3) Como chegar?


Nos próximos dias 08 e 09 de outubro vai acontecer no Bar e Mercearia Tabaldi, em Pira City, um grande Torneio de Sinuca Individual. O evento vem como uma campanha para levantar fundos para as vitimas da cerveja de Jacú City, que a muitos anos, deixa a população oprimida de Pira City nas mãos da elite de Jacú City.

TORNEIO DE SINUCA - Individual
Dias: 08 e 09 de Outubro.
Local: Bar e Mercearia Tabaldi
Rua: Conselheiro Pedreira, # 1840 - Barragem.
Localidade: Pira City ( afinal são explorados e dominados por Jacú City )

PREMIAÇÃO
1a. Lugar R$ 200,00
2a. Lugar R$ 100,00
3a. Lugar R$ 50,00
4a. Lugar R$ 25,00

Inscrições: R$ 15,00

Término das inscrições: 09/10 - Domingo, 15:30.
Contato: 424 08 76

02 outubro, 2005

Novo colunista estréia esta semana no wdworld




Nosso semanário sobre povos excluídos que ninguém conhece continua em sua prolífica campanha de contratação. Nosso mais novo companheiro em armas (literalmente) é o camarada David, um ex-soldado das forças de Pacificação Israelenses para a Cisjordânia e Faixa de Gaza (tradução oficial de Kill the Palestinian Corps, do original), além de ter sido criador do primeiro kibutz em Jacu City. Em breve, novas matérias escritas por nosso novo correspondente de guerra, acompanhando as lutas de libertação em todo o mundo oprimido.