05 setembro, 2005

Série Nações Oprimidas no Mundo Livre 6 - América do Sul - Ilhas Falkland


As Ilhas Falkland compreendem um arquipélago localizado no Atlântico Sul, a cerca de 300 milhas da costa argentina. Como todos os povos até aqui estudados neste blog, os falklanders são oprimidos poe um governo alienígena, o inglês, que gasta milhares de libras para manter o incrível sistema de welfare state que os nativos gozam. O sistema político dos territórios ultramarinos da Coroa Britânica estabelece um alto grau de autonomia aos locais; a câmara local é escolhido pelo voto, enquanto o governador é nomeado em Londres.
A base econômica das ilhas é, sem dúvida nenhuma, a criação de ovelhas (cerca de trezentas por cada habitante), além de atividades ligadas à pesca e extrativismo marinho. Os 2739 ilhéus (isso mesmo, contadinhos) são em sua maioria absoluta descendentes dos antigos colonizadores ingleses, que conquistaram as ilhas dos pingüins, focas e espanhóis da colônia do Prata, em meados do século XVI.
Claro que por trás desta aparente fachada de tranqüilidade bucólica dos camponeses locais existe uma luta que se prolonga a séculos entre os espanhóis e seus descendentes argentinos, e os britânicos, pela posse das ilhas, vistas como base indispensável à segurança nacional de ambas as nações. Mas não é só o fato de que mais de 500 soldados ingleses estão estacionados nas ilhas desde o fim da Guerra das Malvinas, em 1982, o que incomoda nossos vizinhos portenhos. O fato é que as ilhas são donas de um imenso e ainda pouco explorado espaço estratégico de extrativismo animal (krill) e mineral (petróleo), além de servir como entreposto entre a América e o continente Antártico, que num futuro não muito distante pode tornar-se chave mestra na luta pela sobrevivência neste conturbado planeta. Os fazendeiros das Falkland (ou Malvinas), alheios a tudo isto, tocam sua vida oprimida, cuidando de suas ovelhas e pescando, como seus antepassados faziam a séculos.