04 novembro, 2007

Série Vespeiros na costa chinesa que envolvem porta aviões americanos 47 - Taiwan

No mapa: Taiwan, na costa chinesa

Taiwan, Taipé ou Formosa são denominações comuns da ilha de Taiwan, que hoje é governada por um governo autônomo, embora juridicamente faça parte da China Continental. A ilha obteve o status de não província e não país após a revolução Comunista de 1949, quando Mao Tse Tung explusou o Koumintang para a ilha de Taiwan, último refúgio dos nacionalistas. A ilha, a poucos quilômetros da costa, serviu como refúgio dos últimos remanescentes do antigo regime republicano chinês, e foi habilmente protegida durante estes anos por uma frota americana estacionada no local.

Taiwan tem para os americanos o status de aliado. Por isso, é um dos poucos países da região a cooperar com as políticas americanas para o Pacífico. Taiwan depende de Washington para sua defesa quanto a uma ameaça de invasão Chinesa. E os americanos não esquecem da importância da ilha, vital por ser uma espécie de porta aviões insubmergível ancorado na costa do gigante chinês. Do território taiwanês, os Estados Unidos poderiam bombardear qualquer posição chinesa, em uma eventual crise entre ambos os países. As tensões esfriaram na década de 70, quando a China entrou para a ONU. Taiwan então virou um não país, embora faça parte da Comunidade do Pacífico.

Economicamente, a ilha têm na industria moderna seu ponto forte, com uma população extremamente capacitada e uma excelente saída de seus produtos para os mercados ocidentais. A pujança econômica e o IDH taiwanês colocam esse não país entre os de melhor condição de vida para sua população, diferente do gigante chinês que mantém em estado de semi-escravidão mais de dois terços de sua população. Cresce ainda em Taiwan a idéia da independência do país em relação à China, o que já é uma realidade de facto, embora ainda não reconhecida de jure.


Em destaque: relevo montanhoso de Taiwan

Taipei, a capital, éumamoderna e superpopulosa cidade asiática


Imagem da modernidade de Taiwan

02 novembro, 2007

Série exclaves Russos conquistados aos cavaleiros teutônicos durante a Segunda Grande Guerra 46 - Kaliningrado/Königsberg

No mapa: Kaliningrado, exclave russo


Kaliningrado é um território federal da Rússia desde o fim da Segunda Guerra. Está expremido entre Polônia e Lituania, e é o único porto russo no Mar do Norte. Assim como sua co-irmã, as Ilhas Kurillas, Kaliningrado é um despojo de guerra, uma área ocupada pela falecida URSS e que acabou integrada ao fim da guerra pelos insaciáveis russos.

A região foi parte do antigo império Alemão até o final da Primeira guerra. Com a dissolução do mesmo, parte da área foi incorporada à Polônia, permanecendo Königsberg como um território alemão. Chega a Segunda Guerra, e após a derrota militar alemã, a então URSS dizima a população local, enquanto ocupa o território com populações russas. Hoje, esta população está estimada em pouco menos de 1 milhão de habitantes, em sua maioria russos.

A posse de Kaliningrado foi facilitada até o fim da União Soviética porque a Lituânia fazia parte da mesma. Assim, a Rússia tinha acesso direto ao exclave. Com o fim soviético e a independência das repúblicas do Báltico, a região tornou-se um exclave, cercado por território estrangeiro, de cuja boa vontade dependem os russos para assegurar a posse da região.

A excentricidade de sua posição, bem no meio da União Européia faz de Kaliningrado uma ponta de lança da economia russa na Europa. Com status de província (oblast) e de região econômica especial, Kaliningrado pode tornar-se o principal porto de comunicação entre os russos e o mundo Ocidental, de quem o país depende para a venda de seu gás natural e petróleo, e de quem importa gêneros alimentícios e tecnologia.
Em destaque: Porto de Kaliningrado



Em destaque: o passado medieval germânico de Kaliningrado


Na imagem: Centro de Kaliningrado