17 outubro, 2006

Série Colônias Esquecidas em regiões inóspitas e habitadas por Nazistas sobreviventes 36 - Neuschwabenland



Neuschwabenland (Nova Suábia) é o nome dado a uma extensa região do litoral atlântico da Antártica, e que durante o período de 1937 a 1945 foi reconhecidamente uma colônia alemã.
Conhecida desde as primeiras expedições antárticas do século XIX, o recortado litoral da Antártica era objeto de disputa entre diversas nações européias, entre os quais o Reich do Kaiser Guilherme. Em seu governo, diversas expedições aportaram na região, e em 1873 fizeram um reconhecimento minucioso da costa, objetivando a efetiva ocupação das despovoadas terras do sul.
Em 1937, durante o governo Hitler, os alemães resolveram ocupar e reinvindicar a região para o Terceiro Reich. Mobilizando o que havia de melhor em tecnologia e recursos, os alemães mapearam e fizeram o levantamento topográfico de uma área de 600 mil quilometros quadrados, maior que a própria Alemanha, produzindo cerca de 11 mil fotografias e dispersando milhares de bandeiras do Reich na região, o que era a forma mais comum de se ocupar uma área e aceita internacionalmente.
Até a eclosão da guerra, em 1939, os alemães descobriram diversas áreas onde o continente antártico é livre da camada permanente de gelo, causadas por fontes termais e vulcanismo. Uma imensa falha geológica corta o continente, seguindo pelo Oceano Pacífico. Durante a guerra, os submarinos alemães foram utilizados intensamente nas águas da Antártica, chegando mesmo a tentar ocupar o Estreito de Magalhães e as Falklands, mas sem sucesso.
Após a guerra, existem relatos de uma expedição americana ao continente, em 1947, pretensamente para destruir as bases militares nazistas presentes na Antártica. A partir daí, tudo o que se relaciona com a região de Neuschwabenland é envolto por especulações ufológicas e outras correntes mistificadoras, que envolvem em uma aura de mistério a existência ou não em algum momento da história de ocupação humana permanente na Antártica antes da Segunda Guerra Mundial, o que por si só seria um fato notável.

Em destaque: avião sendo lançado do navio Suábia



Em destaque: o Schwabenland, ou Suábia



Em destaque: súditos do Terceiro Reich na Antártida ocupada


11 outubro, 2006

Série Arquipélagos Condenados a Submissão a Múltiplas Metrópoles Imperialistas 35 - Ilhas Spratly




Localizadas estrategicamente na região do mar do Sul da China, as ilhas Spratly são objeto de disputas entre diversas potências locais: China, Malásia, Filipinas, Taiwan (que a China também quer), Brunei e Vietnam.
São cerca de uma centena de ilhas, recifes, rochedos e atóis desabitados, exceto pelas bases de pesquisa meteorológica das nações em litígio, assoladas pelos tufões que vez ou outra aparecem por ali.
Pergunta: o que um país como a China, ou mesmo Brunei, iriam querer em uma região tão inóspita?
Resposta: o acesso exclusivo aos campos de prospecção de hidrocarbonetos (petróleo) e à pesca comercial.
Enquanto isso, as oprimidas formas de vida marinha seguem suas vidas oprimidas, enquanto a luta por sua soberania política se desenrola em algum lugar do leste asiático.

Em destaque:ocupação chinesa das Spratly



Em destaque: vista aérea de uma das ilhas

02 outubro, 2006

Série Países Extremamente Oprimidos e prestes a desaparecer na Oceania 34 - Tokelau



Toquelau é um dos dezenas de pequenos países que provavelmente irão desaparecer no decorrer dos séculos XXI e XXII, graças ao aquecimento global. Com a eminente subida das águas do Pacífico, os toquelauenses terão que emigrar, abandonando assim uma terra que a séculos tem sido ocupada por polinésios vindos dos arredores em migrações que remontam ao século X.
O arquipélago em si é formado por três pequenos atóis distantes entre si centenas de quilômetros, e que foram reunidos formalmente em um protetorado no século XIX sob o nome de ilhas da União pelo império Britânico. Com a independência da Nova Zelândia, a Grâ bretanha passou diversas possessões para esta última. Desde a década de 30 os habitantes de Tokelau são também cidadãos da Nova Zelândia, numa livre-associação que já dura 80 anos. Em 2005, instados em um plebiscito a serem independentes, os tokelauenses decidiram permanecer ligados ao estado neo zelandês, pois caso contrário perderiam os gordos subsídios pagos por este para manter os serviços essenciais nas ilhas em perfeito funcionamento.
Economicamente Tokelau depende do extrativismo marítimo, da pesca, do cultivo do coco, da venda de selos e do turismo. Apesar disso, todos os anos os tokelauenses deixam a ilha rumo à metrópole, em busca de empregos e dólares para enviar de volta a seus parentes. Praticamente tudo na ilha é importado, e sem um produto econômico forte Tokelau tende a desaparecer antes mesmo de sua independência, marcada para 2010, ou mesmo da inundação que cobrirá os restos da aventura polinésia de ocupação da imensa área compreendida entre os trópicos de Capricórnio e o de Câncer, no Oceano Pacífico.

No destaque: o atol de Nukunonu



No destaque: vista aérea do atol de Atafu, destacando as barreiras de coral ao redor da ilha principal




No destaque: Uma vista de Tokelau



No destaque: a base econômica continua sendo a pesca em pirogas.