26 maio, 2006

Série Ilhotas Vulcânicas com alguns metros quadrados disputadas por colônias imperialistas 27 - Walpole, Matthew e Hunter Island





Legendas das fotos:

1) A ilha Matthew (sim, é isso mesmo, aquela coisa tosca ali)
2) O vulcão da ilha Matthew (poderiam ganhar dinheiro incinerando lixo, não acha)
3) A ilha Walpole

As ilhas de Walpole, Matthew e Hunter são três pequenas ilhotas vulcânicas desabitadas, localizadas entre o arquipélago de Nova Caledônia, na Polinésia Francesa, e Vanuatu, na Polinésia independente. Com a estupenda superfície de dois quilômetros quadrados, recheadas de vulcões e sacudidas periodicamente por algum terremoto, além de estarem seriamente ameaçadas de extinção pela simples subida da maré, estas incríveis superfícies territoriais são objeto de disputa sangrenta entre dois grandiosos países: Nova Caledônia, uma colônia francesa, e Vanuatu, uma ex-colônia.
Qual o objetivo de se dominar tais vulcões? Simples; assim como no caso de Kermadec, os vanuatenses e os neocaledônios pensam no futuro! Como daqui a uns duzentos milhões de anos mais ou menos, através do movimento vulcânico e das constantes erupções, além da deriva continental, estas pequenas porções de terra irão crescer, e formarão um novo continente. Claro que quem possuir a prescedência, como no caso da Antártida, vai obter melhores porções desta disputada terra nova.
Sem comentários, este lugar é tão tosco que nem sei direito por que perdi meu tempo falando sobre ele; mal se encontra informação sobre este país oprimido.

09 maio, 2006

Série Regiões entregues por povos oprimidos após guerras imperialistas 26 - Karelia





Karelia é a denominação comum de parte das terras localizadas entre o golfo da Finlândia, os lagos Ladoga e Aaninen e o mar Branco, na Rússia. Historicamente a região é o ponto de encontro de três culturas distintas: os nórdicos suecos, presentes aí desde o século XII, os suomi, ou finlandeses, cuja língua guarda semelhanças como os povos da estepe que emigraram para a Europa em levas desde a era do Bronze, e os eslavos russos, especialmente ligados a região de Lvov.
Com tantas diferenças culturais, não é de setranhar que a região de Karelia sempre tenha sido mutio disputada por estes povos. O reino sueco dominou politicamente a região até o século XIX, quando os finlandeses conseguiram sua independencia. Já a Rússia conquistou Karelia durante a guerra do Inverno, em 1939, quando os bolcheviques invadiram a Finlândia. Em 1943 os finlandeses expulsaram os soviéticos de Karelia, mas ao fim da Segunda Guerra foram derrotados e perderam definitivamente a área para os russos.
Economicamente, a parte russa da Karelia é uma das regiões mais atrasadas da Europa, contando com pouca ou nenhuma atenção do governo russo, desde o fim da guerra Fria. Com o término das hostilidades entre a URSS e a OTAN Karelia perdeu boa parte de sua importância estratégica militar, e hoje permanece abandonada pelo governo central de Moscou.
A subdivisão da federação russa se dá por meio de repúblicas autônomas, e uma destas é Karelia, mas a parte que pertencia aos finlandeses hoje é administrada pela região de Leningrad Oblast.
O governo finlandês não possui nenhuma exigência oficial de devolução das terras de Karelia ao antigo status quo, mas grupos civis dentro da Finlândia frequentemente vem advogando o direito dos mais de 450 mil exilados karelianos, espalhados pela Europa, de retornar as suas antigas terras, desapropriadas pela URSS ápós a invasão. Para os finlandeses, Karelia estaria melhor se fosse administrada pelo governo finlandês, o que é uma coisa óbvia.

02 maio, 2006

Série Nações Oprimidas em Mares Esquecidos que ninguém se lembra 25 - Ostriv Zmiyinyy/ Isla Serpilor






A ilha Zmiyinyy/Serpilor é um território oprimido localizado no mar Negro, entre a Ucrânia e a Romênia, sendo que esta última julga-se a dona do território. A Ucrânia ocupa a ilha com cerca de cem habitantes, a maioria pesquisadores e pescadores, devido à localização estratégica da mesma, no delta do rio Danúbio.
Antigamente um santuário dedicado à memória do herói Aquiles, a ilha passou sucessivamente sob domínio grego, macedônio, romano, turco, romeno e soviético. Esta última mudança de mãos ocorreu após a segunda guerra mundial, quando os romenos, aliados do Eixo, perderam boa parte dos antigos territórios da Bessarábia para a URSS. Além da perda destes territórios, a Romênia tornou-se um satélite do gigante comunista, situação que perdurou até a década de noventa.
Após o esfacelamento da URSS e o surgimento das repúblicas independentes, os romenos tentaram, sem sucesso, fazer rever os antigos tratados assinados com os soviéticos. Em 1948, os soviéticos unilateralmente moveram a fronteira entre a URSS e a Romênia para o lado oeste do delta do Danúbio. A ilha Zmiyinyy/Serpilor não fazia parte ou era mencionada nos tratados, o que faz dele território de jure da república romena. A Ucrânia, herdeira do território da Bessarábia, nega-se terminatemente a ceder qualquer parte do território aos antigos donos, alegando direito adquirido de guerra.
Na verdade, nenhum dos dois países está muito interessado na pedra em questão, mas sim na plataforma continetal, onde estimam-se existir reservas de óleo entre 1o milhões de barris e um bilhão de metros cúbicos de gás.
Contra o imperialismo econômico excuso (como se houvesse outro tipo de imperialismo...)!