01 dezembro, 2006

Série Países Invadidos por potências imperialistas socialistas de mercado 40 - Uyghuristan/ Turquestão Oriental


Os uyghurs são um dos mais de 40 grupos de povos submetidos ao domínio da etnia Han, na China. Assim como os demais povos, como tibetanos e mongóis, os uyghurs foram sistematicamente conquistados e perderam sua autonomia e instituições, remanescendo como sobreviventes de uma das mais pobres províncias chinesas, na Ásia Central.
O Uyghuristan é uma região que liga todos os países do chamado Turquestão: Uzbeques, Cazaques, Turcomanos, Tadjiques, Afegãos, Paquistaneses e Quirguizes a região central chinesa. É considerado o berço da cultura turcomana, que daria origem a inúmeros estados e grupos étnicos que se espalharam entre a Criméia, Anatólia e todo o centro do continente asiático. No século X, a maior parte destes grupos adotou o islamismo como religião. O turquestão Oriental é a fronteira entre os povos de origem turcomana, muçulmanos, e os de origem Han, em sua maioria budistas.
Após séculos de lutas que mantiveram relativamente intacta sua independência, os uyghurs foram finalmente enquadrados dentro do domínio chinês em 1945. Com a proclamação da República popular, iniciou-se o genocídio sistemático dos Uyghurs. Entre 1945 e 2000, 50% da população uyghur foi morta ou exilada. A maior parte da população uyghur vive nos países vizinhos. A religião islâmica foi proibida, embora tivessem mantido a língua e os costumes. Com a revolução Cultural, qualquer manifestação de apreço aos costumes antigos e às velhas tradições foi banida da China. No Turquestão Oriental, isso significou a destruição de mesquitas, exemplares antiquíssimos do Corão, tapeçarias e o assassinato indiscriminado das pessoas que tentaram salvaguardar estes tesouros culturais.
Hoje o Turquestão oriental é representado na UNPO por uma assembléia majoritariamente composta de exilados políticos e culturais. Como tudo o que faz, a China têm imunidade para continuar mandando e desmandando nas áreas ocupadas, covardemente negligenciadas pela opinião pública mundial, mais interessada no milagre econômico chinês conseguido com mão de obra semi-escrava e um sistema de exclusão para 600 milhões de pessoas mantidas à força no campo do que pelas sistemáticas e inúmeras violações de direitos humanos dos grupos monoritários.

Em destaque: ruínas arqueológicas no Turquestão Oriental mostram a importância do comércio e dos aglomerados urbanos nesta civilização





Em destaque: mesquita no Turquestão oriental




Em destaque: estudantes islâmicos