28 março, 2006

Série Futuros Continentes Formando-se no Pacífico dominados por potências imperialistas visionárias 23 - Ilhas Kermadec





As ilhas Kermadec, como o próprio nome diz, são um território insular localizados algumas centenas de quilometros (800) da Nova Zelândia, sua metrópole. O território é desabitado, ou seja, não tem ninguém morando lá. Além de desabitado, também é um pouco isolado, o que talvez explique a afirmativa anterior. Dados de arqueológos indicam a presença de populações polinésias na região entre os séculos 10 e 14, quando abandonaram a área ou se estinguiram.
As ilhas localizam-se na região subtropical do globo, com imensas florestas endêmicas, ou seja, qu só existem por ali. Também destaca-se pelos frequentes e diários terremotos que vicejam na região, localizada entre as placas tectonicas do Pacífico e da Austrália-Índia. As altitudes variam entre 80 metros e 1500 metros, e estão diariamente em processo de formação nos diversos vulcões ativos que formam a crosta local.
O objetivo do governo neo- zelandês, além de proteger os ratos que imigraram da Europa e destruiram a vida animal da região, é apossar-se de uma fonte de terras novas aparentemente inesgotável, já que daqui a alguns milhões de anos, a região deverá formar um pequeno continente, juntamente com Tonga.
Contra o imperialismo com motivos futuros excusos!

24 março, 2006

Série Pedras cobertas por ninhos de passarinhos oprimidas por disputas imperialistas 22 - Machias Seal Island




A ilha de Machias Seal localiza-se no Canadá, na fronteira marítima entre o estado de New Brunswick e o Maine, nos Estados Unidos. Geologicamente, a ilha faz parte do arquipélago de Grand Manan, uma série de rochas escavads pela ação do gelo durante as ultimas glaciações, a maior parte desabitadas.
A oprimida população de ilhéus compõem-se principalmente de aves marítimas que fazem escala na ilha durante a temporada de migração para o sul, quando as espécies do ártico como a Fratercula arctica e o Sterna hirundo, ambas espécies que vivem ao redor do ártico, alimentando-se exclusivamente de peixes. Estas oprimidas populações, são disputadas em virtude da ambigüidade do texto do tratado de Paris, em 1783, que pôs fim à guerra de independência dos Estados Unidos e especificou a fronteria entre a colônia inglesa do Canadá e os americanos. O texto dá margem à diversas interpretações, dependendo do lado em que se está. A ilha permanece pois como uma disputa territorial entre ambos os países, o que poderia levá-los a uma sangrenta guerra de proporções apocalípticas (basicamente, as piores partes da Bíblia).
No meio deste conflito, os pobres animaizinhos permanecem sobre o jugo do Departamento Florestal Canadense, que possui um farol e estações de pesquisa na região, destinados ao acompanhamento das espécies migratórias. A solução ideal para o conflito seria declarar a independência de Machias Seal Island, antes que o governo George W. Bush resolva utilizar a disputa como pretexto para invadir a ilha...

17 março, 2006

Série Nações Bem sucedidas em seus desígnios de liberdade 21 - República da Concha (essa é muito boa)




A república da Concha obteve sua soberania após séculos de dominação imperialista americana no dia 23 de abril de 1982. A ação foi uma resposta a um bloqueio em que a patrulha rodoviária imperialista americana bloqueou a US 01, única via de acesso entre as ilhas e a Flórida. A medida da patrulha visava evitar que imigrantes ilegais entrassem nos Estados Unidos, como se as Keys não fizessem parte do mesmo... Em resposta a este ato de evidente agressão de seus direitos como cidadãos americanos, o prefeito das Keys, Dennis Wardlow, declarou independência dos Estados Unidos, uma vez que estavam sendo tratados como estrangeiros. Em seguida, declarou guerra aos Estados Unidos.
Durante um minuto os concheanos respiraram o ar da liberdade, mas após este curto período, o recém nomeado Primeiro Ministro da República da Concha, Dennis Wardlow, pediu uma trégua ao governo americano, e em seguida enviou uma petição às Nações Unidas, exigindo 1 bilhão de dólares como fundo para reconstrução do país, após o cerco federal.
Como o governo Reagan não contestou a declaração de Independência, mesmo após a rendição, os habitantes desta república continuam independentes. Hoje, a república da Concha possui passaporte erepresentações diplomáticas em trinta países, incluindo os Estados Unidos.

08 março, 2006

Série Povos Expulsos de seus lares sem a mínima complacência em pleno século XX - Ilhas Chagos e Diego Garcia




Nosso vigésimo país oprimido que ninguém conhece merece menção honrosa em nossa publicação. O arquipélago de Chagos é um território dependente da Grã Bretanha, com o nome de British Indian Ocean Territory, e sua população, exilada, ultrapassa dois mil habitantes. É, segundo a rede BBC, um dos episódios mais sórdidos da sórdida história britânica. Durante as décadas de 60 e 70, os habitantes de Chagos, cuja maior ilha é Diego Garcia (a mais conhecida), foram discretamente expulsos de suas terras e exilados em Seichelles e Maurício. O motivo: os americanos, que não têm nada a ver com o território, decidiram instalar uma base militar na região, que serviria para bombardear países locais, que ousassem desafiar as ordens de Washington. Foi daí que partiram os últimos ataques norte-americanos, contra Afeganistão e Iraque. Além da localização convenientemente estratégica, as ilhas servem como meio de demonstração do poderio americano na região. Um avião bombardeiro B-52 ou um Stealth poderia, saindo de Diego Garcia, alcançar qualquer país da costa leste da África, sul da Ásia ou mesmo chegar à Oceania.
O caso das ilhas Chagos é uma mistura de racismo puro e simples, desejo de poder e desrespeito às normas que regem a declaração Universal dos Direitos Humanos, que pouquíssimos países no mundo podem alegar cumprir. Em 2000 a Suprema Corte Britânica decidiu que a ordem de expatriação dos chagossianos era ilegal (rá, rá, rá) e eles poderiam voltar, exceto para Diego Garcia, onde ficam os cães assassinos de aluguel dos EUA. Resta saber porque a ONU permitiu a deportação em 1960-70 (que pergunta estúpida, a ONU não permitiu, mas quem se importa?) e até hoje não promulgou nenhuma sanção contra Grã Bretanha e Estados Unidos?