02 outubro, 2006

Série Países Extremamente Oprimidos e prestes a desaparecer na Oceania 34 - Tokelau



Toquelau é um dos dezenas de pequenos países que provavelmente irão desaparecer no decorrer dos séculos XXI e XXII, graças ao aquecimento global. Com a eminente subida das águas do Pacífico, os toquelauenses terão que emigrar, abandonando assim uma terra que a séculos tem sido ocupada por polinésios vindos dos arredores em migrações que remontam ao século X.
O arquipélago em si é formado por três pequenos atóis distantes entre si centenas de quilômetros, e que foram reunidos formalmente em um protetorado no século XIX sob o nome de ilhas da União pelo império Britânico. Com a independência da Nova Zelândia, a Grâ bretanha passou diversas possessões para esta última. Desde a década de 30 os habitantes de Tokelau são também cidadãos da Nova Zelândia, numa livre-associação que já dura 80 anos. Em 2005, instados em um plebiscito a serem independentes, os tokelauenses decidiram permanecer ligados ao estado neo zelandês, pois caso contrário perderiam os gordos subsídios pagos por este para manter os serviços essenciais nas ilhas em perfeito funcionamento.
Economicamente Tokelau depende do extrativismo marítimo, da pesca, do cultivo do coco, da venda de selos e do turismo. Apesar disso, todos os anos os tokelauenses deixam a ilha rumo à metrópole, em busca de empregos e dólares para enviar de volta a seus parentes. Praticamente tudo na ilha é importado, e sem um produto econômico forte Tokelau tende a desaparecer antes mesmo de sua independência, marcada para 2010, ou mesmo da inundação que cobrirá os restos da aventura polinésia de ocupação da imensa área compreendida entre os trópicos de Capricórnio e o de Câncer, no Oceano Pacífico.

No destaque: o atol de Nukunonu



No destaque: vista aérea do atol de Atafu, destacando as barreiras de coral ao redor da ilha principal




No destaque: Uma vista de Tokelau



No destaque: a base econômica continua sendo a pesca em pirogas.