16 dezembro, 2007

Série Imperialistas Han invadindo teocracias dependentes do Ocidente Decadente 48 - Tibet

Mapa do Tibet, província ocupada pela China



O Tibet é o mais pop entre os não-países do mundo livre de hoje. Popularidade conquistada graças ao carisma de seu líder teocrático, o Dalai Lama, ao mesmo tempo chefe de Estado e líder espiritual dos budistas tibetanos.

A campanha do Dalai Lama pela libertação do Tibet coincide com a triste história de conflitos que a região passou ao longo da segunda metade do século XX. O conflito poderia ter sido resolvido ainda na década de 50, durante a primeira invasão chinesa ao país, mas a ONU estava ocupada matando coreanos na Guerra da Coréia e não deu muita importância àquele enclave autônomo invadido pela recém nascida República Popular. Em seguida, os chineses tornaram-se uma potência nuclear com o auxílio soviético e nunca mais se tocou no assunto Tibet.

A única importância conhecida da inóspita região para os chineses é estratégica: no Tibet, estão dois terços de todas as fontes de água que abastecem o imenso país. Sem o controle sobre o Tibet, a China perderia o controle destas fontes e estaria à mercê de chantagens políticas e econômicas. Assim como no caso de Siachen, o motivo é controlar um commoditie que pode ter muito valor em um futuro não muito distante, e que já começa a ficar escasso no país.

A luta tibetana está baseada na preservação dos costumes e tradições étnicas dos tibetanos. Hoje, a região é majoritariamente habitada pelos Han chineses, e os tibetanos são um dos maiores grupos de refugiados da região, atrás no mundo de hoje apenas dos palestinos. O que mantém a coesão cultural tibetana é o apego aos costumes ancestrais e à religião budista, ou lamaísmo, já que seu líder é considerado um Lama (grande monge).

Não existe solução imediata para o problema do Tibet. Independência é algo fora de cogitação para os chineses, e uma campanha internacional não é suficiente para demover o governo de Beijing de posições assumidas historicamente. O poderio ditatorial da dinastia Han está fadado a persistir ainda por muito tempo, tempo este que parece faltar aos desejos da população tibetna atualmente.


No destaque, a paisagem tibetana, cercada pelas geleiras eternas, fonte de cobiça para a China:



No destaque: Lhassa, capital espiritual do Tibet



No destaque, Sua Santidade o Dalai Lama, líder do budismo tibetano

04 novembro, 2007

Série Vespeiros na costa chinesa que envolvem porta aviões americanos 47 - Taiwan

No mapa: Taiwan, na costa chinesa

Taiwan, Taipé ou Formosa são denominações comuns da ilha de Taiwan, que hoje é governada por um governo autônomo, embora juridicamente faça parte da China Continental. A ilha obteve o status de não província e não país após a revolução Comunista de 1949, quando Mao Tse Tung explusou o Koumintang para a ilha de Taiwan, último refúgio dos nacionalistas. A ilha, a poucos quilômetros da costa, serviu como refúgio dos últimos remanescentes do antigo regime republicano chinês, e foi habilmente protegida durante estes anos por uma frota americana estacionada no local.

Taiwan tem para os americanos o status de aliado. Por isso, é um dos poucos países da região a cooperar com as políticas americanas para o Pacífico. Taiwan depende de Washington para sua defesa quanto a uma ameaça de invasão Chinesa. E os americanos não esquecem da importância da ilha, vital por ser uma espécie de porta aviões insubmergível ancorado na costa do gigante chinês. Do território taiwanês, os Estados Unidos poderiam bombardear qualquer posição chinesa, em uma eventual crise entre ambos os países. As tensões esfriaram na década de 70, quando a China entrou para a ONU. Taiwan então virou um não país, embora faça parte da Comunidade do Pacífico.

Economicamente, a ilha têm na industria moderna seu ponto forte, com uma população extremamente capacitada e uma excelente saída de seus produtos para os mercados ocidentais. A pujança econômica e o IDH taiwanês colocam esse não país entre os de melhor condição de vida para sua população, diferente do gigante chinês que mantém em estado de semi-escravidão mais de dois terços de sua população. Cresce ainda em Taiwan a idéia da independência do país em relação à China, o que já é uma realidade de facto, embora ainda não reconhecida de jure.


Em destaque: relevo montanhoso de Taiwan

Taipei, a capital, éumamoderna e superpopulosa cidade asiática


Imagem da modernidade de Taiwan

02 novembro, 2007

Série exclaves Russos conquistados aos cavaleiros teutônicos durante a Segunda Grande Guerra 46 - Kaliningrado/Königsberg

No mapa: Kaliningrado, exclave russo


Kaliningrado é um território federal da Rússia desde o fim da Segunda Guerra. Está expremido entre Polônia e Lituania, e é o único porto russo no Mar do Norte. Assim como sua co-irmã, as Ilhas Kurillas, Kaliningrado é um despojo de guerra, uma área ocupada pela falecida URSS e que acabou integrada ao fim da guerra pelos insaciáveis russos.

A região foi parte do antigo império Alemão até o final da Primeira guerra. Com a dissolução do mesmo, parte da área foi incorporada à Polônia, permanecendo Königsberg como um território alemão. Chega a Segunda Guerra, e após a derrota militar alemã, a então URSS dizima a população local, enquanto ocupa o território com populações russas. Hoje, esta população está estimada em pouco menos de 1 milhão de habitantes, em sua maioria russos.

A posse de Kaliningrado foi facilitada até o fim da União Soviética porque a Lituânia fazia parte da mesma. Assim, a Rússia tinha acesso direto ao exclave. Com o fim soviético e a independência das repúblicas do Báltico, a região tornou-se um exclave, cercado por território estrangeiro, de cuja boa vontade dependem os russos para assegurar a posse da região.

A excentricidade de sua posição, bem no meio da União Européia faz de Kaliningrado uma ponta de lança da economia russa na Europa. Com status de província (oblast) e de região econômica especial, Kaliningrado pode tornar-se o principal porto de comunicação entre os russos e o mundo Ocidental, de quem o país depende para a venda de seu gás natural e petróleo, e de quem importa gêneros alimentícios e tecnologia.
Em destaque: Porto de Kaliningrado



Em destaque: o passado medieval germânico de Kaliningrado


Na imagem: Centro de Kaliningrado

15 julho, 2007

Série Repúblicas Autônomas Independentes de Fato mas Não Reconhecidas por suas pares 45 - Abecázia/Abkhazia


Abecázia é um dos raros casos de sucesso que não levam a lugar nenhum quando o assunto é luta armada pela independência nacional por motivações étnicas e culturais. O pequeno estado auto-proclamado independente desde a década de 90, localiza-se na costa oriental do mar Negro, junto à fronteira entre Rússia e Geórgia.
Na década de 90, seguindo o rastro da desintegração da URSS, a República Autônoma da Abecázia, parte integrante da RSS da Geórgia declarou unilateralmente sua independência. Até aí nada demais. Neste período, países hoje independentes como Ucrânia, Lituânia e mesmo a Geórgia declararam-se independentes e fora da esfera política moscovita. O que se seguiu foi ainda mais complicado. A Abecázia não era considerada uma das repúblicas formadoras da URSS, mas da Geórgia, esta sim uma das repúblicas da extinta federação. Complicado? Pois é. Junte-se a isso décadas de nacionalismo étnico sufocado pela pressão econômica e demográfica dos georgios, que vêm na pequena república um das mais importantes regiões da economia local e uma intensa campanha de limpeza étnica e russificação da região desde o governo de Stálin e pronto: uma guerra civil pronta pra acontecer.
Estranhamente os abecázios, pouco mais de 100 mil hoje, venceram a guerra contra a Geórgia. Graças a um apoio logístico russo, que manteve tropas estacionadas na região e evitou a ocupação da Geórgia de seu próprio território, pelo menos do ponto de vista da lei Internacional. A motivação: controle do litoral do mar Negro, por onde passam boa parte das exportações russas de petróleo para o Ocidente. Deu pra entender?
O fato maior é que a Rússia utilizou uma motivação legítima, a luta dos Abecázios por autonomia, para promover seus interesses econômicos na região. A guerra entre Abecázia e Geórgia gerou mais de 250 mil refugiados, em sua maioria georgios étnicos; quase 50% da população abandonou suas casas e fugiu para a Rússia e para a Geórgia. Ainda hoje, a Abecázia é um território sob tensão, e a frágil situação local é mantida por um exército de pacificadores da ... Rússia... Isso não é fantástico?


A Abecázia é hoje uma área sob intervenção estrangeira: tropas russas no país



Litoral da Abecázia, vista da Capital, Sukhumi



A influência russa e turco-otomana (norte e sul, respectivamente) na cultura local reflete-se, por exemplo, na arquitetura

08 julho, 2007

Série Países Controlados por Impérios Decadentes e que aspiram a Liberdade 44 - Bermuda



Nas imagens, mapas da ilha e do arquipélago de Bermuda, com sua localização em relação aos Estados Unidos.
Se um professor de geografia entrasse hoje em sua classe da Univille e perguntasse aos seus estudantes quantos países compõe o sub-continente norte americano, ninguém entenderia a pergunta. Se a reformulasse nos termos: quantos países existem na América do Norte, receberia respostas diversas. Um aluno poderia responder - Dois países, considerando América do Norte apenas Estados Unidos e Canadá, de cultura anglo saxônica e excluindo geograficamente o México a uma obscura e estranha América Latina. Outro diria - Três, professor, pois América Latina é uma divisão cultural e étnica, e América do Norte é apenas um conceito geográfico, portanto geograficamente o México é América do Norte. Um terceiro aluno replicaria: Quatro, pois a colônia francesa de Saint Pierre e Miquelon (este descobriu essa pérola aqui neste blog), mesmo sendo um território ultramarino, é uma entidade autônoma dentro dos limites geopolíticos da América do Norte. Outro afirmaria que, além destes quatro, existe a Groenlândia, colônia dinamarquesa na América. E finalmente um outro examinaria atentamente a geografia local e decretaria: são seis territórios, além dos citados existe Bermuda, território ultramar do Reino Unido.
A ilha de Bermuda, que dá nome ao pequeno arquipélago do mesmo nome, é uma antiga possessão britânica no atlântico Norte, junto à costa americana, a cerca de 1350 km da Nova Escócia. Desde o início da exploração colonial espanhola no século XV, Bermuda figura com diversos nomes nas cartas náuticas, mas a primeira tentativa séria de ocupação viria no século XVII com os britânicos, pouco depois das fracassadas tentativas de fixação de colonos no litoral da Virginia. A ilha era desabitada devido à sua grande distância da costa e a falta de tradição de navegação oceânica (falta de necessidade, na verdade) dos povos costeiros norte-americanos. A verdade é que o Atlântico Norte não é exatamente um mar de brigadeiro, com numerosos tufões atingindo a região todos os anos, a caminho do continente.
Bermuda foi o único território Britânico no litoral do Atlântico Norte a permanecer em mãos inglesas após a guerra de independência Norte Americana, com exceção do Canadá, independente posteriormente. Sua importância atual é estratégica e financeira. Durante a guerra fria, americanos, canadenses e britânicos mantiveram tropas estacionadas na ilha, retiradas no final dos anos 90. Desde a década de 70 movimentos de independência influenciam a política da ilha, dividida regularmente entre prós e contras a autonomia política de Bermuda.
A grande questão é se o país é viável autonomamente, como nação soberana, ou se necessita da estrutura de governo implantada no país pelos britânicos. Economicamente, Bermuda depende amplamente do turismo e dos investimentos externos nas empresas offshore, que pagam impostos irrisórios ao governo local e se instalam no país para fugir à pesada tributação de seus países de origem, como nas Ilhas Cayman. O futuro de Bermuda permanece ligado a sua capacidade ou não de gerir de forma solvente um governo nacional independente, sem a necessidade da presença inglesa no local.
No destaque: Vista de Hamilton, capital de Bermuda.



Porto de Hamilton





Na imagem, o clima subtropical favorece a atividade turistica

09 junho, 2007

Série Pet Rocks ocupadas por Potências Opressoras e Ignoradas pela Humanidade 44 - Rockall

Rockall, colônia britânica no mar do Norte.

Nossa saga através da vida e história dos países oprimidos é retomada com uma das mais fascinantes nações oprimidas ignoradas pela humanidade: Rockall, colônia subjugada do Reino Unido.
Em Rockall, desenrolou-se uma das mais fantásticas conquistas militares da história do Império Britânico. Como haviam perdido a Índia, o Oriente Médio e quase toda a África, os britânicos resolveram reviver suas glórias do passado, conquistando Rockall. No topo da ilha, os britânicos erigiram uma placa que, segundo os depoimentos recolhidos por historiadores das gaivotas e cracas sobreviventes, passou para a história como o 'Dia da Infâmia'.


"Pela Autoridade de Sua Majestade a rainha Elisabeth II, pela Graça de Deus [e pela derrota de Oliver Cromwell] rainha do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte e de seus outros reinos e territórios [Ilha de Man, Falklands, entre outros], Chefe de Estado da Commonwealth, defensora da Fé, e em acordo com as ordens de sua Majestade, na data de 14 de setembro de 1955, um desembarque [invasão!] foi efetivado neste dia pelo navio HMS Vidal nesta ilha [ilha???] de Rockall. A Union Flag [a bandeira britânica, aquela que mistura a da Inglaterra com a da Escócia] foi hasteada nesta possessão e esta ilha foi conquistada em nome de sua Real Majestade. Assinado: R H Connell, Capitão do HMS Vidal, 18 de Setembro de 1955."

Era o fim da independência e o início da era da escravidão.


Rockall é uma rocha no mar do Norte. Ponto. Não tem solo. Não tem habitantes. Fica a mais de 400 km de distância de qualquer ponto habitado da costa irlandesa. Não tem ponto de desembarque. É fustigada continuamente pelas vagas do Atlântico Norte, que desaconselham permanentemente qualquer tentativa humana de ocupação. Parece uma área esquecida pelo tempo, onde dia e noite o mar vem se empenhar na luta contra a rocha sólida, onde Netuno e Hefestos mediram forças num tempo já esquecido e cuja insígnia da vitória conquistada em favor do deus dos vulcões é este pequeno promontório árido e colonizado em pequena escala por pássaros marinhos e seus habitantes fixos, os mariscos.
A medida oficial deste pequeno país é de 520 m², ou seja, um terreno de 20 por 26, mas creio que ela foi medida em razão do volume, e não da superfície. E é alvo de uma renhida disputa diplomática e militar entre ingleses, islandeses e dinamarqueses, pela posse de tão fantástico centro econômico e estratégico.
Duvida de sua importância, réles mortal? É compreensível. O que atrai a cobiça em Rockall é exatamente o mesmo motivo que leva americanos a morrer no Iraque e no Afeganistão: reservas energéticas imprescindíveis nestes tempos de economias aquecidas e bom senso escasso. Rockall é pura e simplesmente pretexto para se extender ao redor de sua costa o limite internacional de águas da zona econômica exclusiva, o que permitiria aos colonizadores o acesso aos reservatórios de gás natural e petróleo existentes em sua plataforma continental. A guerra por Rockall esfriou quando a ONU decidiu que rochas desabitadas não tem direito a zona econômica exclusiva (que avanço) e a exploração deve ser feita conjuntamente pelos interessados.
Assim, os pobres animais filtradores de plancton de Rockall poderão viver em paz no futuro, embora muitos acreditem que esta paz não será permanente.
Em destaque: mapa de Rockall



Em destaque:o outro lado da história de Rockall

03 fevereiro, 2007

Série Países Congelados disputados por nações imperialistas sem nada melhor pra fazer 43 - Ilhas Orkney do Sul


Selo comemorativo dos 50 anos de ocupação argentina nas Orkneys, década de 50.
Mapa antártico com a localização das ilhas


Uma vista das ilhas



As ilhas Orkney são uma das muitas possessões britânicas reclamadas pela Argentina (ver Falklands e Georgia e Sandwich do Sul). Foram descobertas no século XIX por expedições britânicas na região, e em 1908 os britâncios declararam sua soberania unilateralmente sobre todos os territórios antárticos próximos às Falklands, a única colônia habitada. Assim como no caso das Falklands, os argentinos não gostaram, e desde 1904 mantinham uma estação de pesquisas na região. Com a assinatura dos tratados antárticos, na década de 50, que proibiram a exploração comercial do continente por um século, as tensões esfriaram, como o clima da região.

As ilhas que formam as Orkneys são resultado de intenso vulcanismo sobre a dorsal meso-atlântica, a mesma que formou as ilhas de Ascenção. Além do intenso vulcanismo em determinadas partes do território, são constantemente fustigadas por tempestades marítimas e castigadas pelo frio antártico.

Apenas o interesse econômico justifica a briga. Afinal de contas, como o continente antártico é inabitável por populações permanentes, a exploração econômica dos recursos naturais não é. Hidrocarbonetos (petróleo e gás), krill, pesca comercial em geral, água (isso mesmo, num futuro não muito distante, já que a água hoje já é considerada commodities). Citando a mim mesmo: "A resposta para o jugo que recai sobre os pingüins e focas locais é que o governo britânico transformou a região em reserva ecológica (econômica?), e a preservação local impõe que as ilhas tenham também o direito a um mar territorial de 200 milhas marítimas de extensão (até uma garrafa de plástico boiando, se tiver uma bandeira fincada em cima, tem direito a parcela equivalente de 200 milhas de mar territorial, desde que convença os outros países (países?) da antigüidade de ocupação e do direito a exploração de tal área de garrafa)".


Base argentina nas Orkneys, provando que os hermanos não brincam em serviço



A primeira base na região, 1904

14 janeiro, 2007

Série Paises esquecidos pela opinião pública mantendo sua cultura intacta 42 - Nuxalk

Acima: mapa do território nuxalk, oeste canadense.
A nação nuxalk é remanescente de uma das milhares de culturas ameríndias que existiam antes do período da conquista da América, e faz parte do pequeno grupo que sobreviveu e manteve unidos seus membros pela cultura e religião. Habitam tradicionalmente a região Oeste do Canadá, no litoral da Colúmbia, rico em madeiras nobres e pesca mas parcamente habitado, exceto no extremo sul, em Vancouver.
Os nuxalk hoje somam pouco mais de novecentas pessoas que ocupam o tradicional território entre as chamadas quatro aldeias ao redor de Bella Colla. Apesar de serem protegidos por leis federais, os nuxalk estão sob extrema pressão dos grupos econômicos que têm interesses nas potencialidades econômicas do pequeno território. Mas, ao contrário dos acordos com os Innuit, no norte, donos de imensas jazidas de petróleo e de uma terra desértica, os nuxalk tem interesse cultural em manter suas terras intactas.
Por conta da religiosidade, o povo nuxalk cultiva uma profunda veneração à natureza e a diversos espíritos e entidades ligados à realidade objetiva de seu meio. A destruição da floresta seria inaceitável pois seria mexer com os pilares de sua cultura; portanto, nada de acordo com madeireiras e grandes pesquieros.
A luta nuxalk é pela manutenção de sua comunidade e de seu modo de ver e se relacionar com o mundo; a mesma que todos nós temos que enfrentar em nossas culturas todos os dias.


Abaixo: reunião do(a)s patriarcas nuxalk: uma característica desta cultura é a presença comum de mulheres na chefia de clãs e famílias extensas



Abaixo: nuxalks por volta de 1890, quando eram conhecidos por Bella Collas



Arte totêmica: o totem simboliza o clã a que pertencem as famílias extensas e clãs e figuram qualidades desejáveis dos espíritos protetores que são incorporadas pelos protegidos do totem